sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dar a volta ao mundo em um barco: sonho de muitos, privilégio de poucos


Dar a volta ao mundo num barco é um sonho de muitos marujos que desvendam os mistérios do mar diariamente. Porém, esse desejo, para a maioria, quase sempre, torna-se uma utopia. Poucos são capazes de perseguir esse ideal. Ao contrário do aposentado da força militar portuguesa, Rui Soares, que aos 63 anos, resolveu correr atrás do seu objetivo. "Quando me aposentei, resolvi comprar um veleiro e, pouco depois, recebi a proposta de um amigo para dar a volta ao mundo, coloquei no papel os possíveis gastos, contabilizei e vi que era possível encarar o desafio", afirmou Rui.

Casado, pai de três filhos e com dois netos, Rui está no mar há mais de um ano sem ver a família, contando apenas com a companhia do amigo, Antônio Pinharanda, que segue com ele no veleiro "Thor VI", modelo Moody 420, de 40 pés. "Entre a saída de Oeiras em novembro de 2009 e o nosso futuro regresso em junho de 2011, fecharemos a viagem explorando um percurso com mais de 30.000 milhas náuticas. A minha família acha graça da aventura, minha mulher sente muita saudade, mas entende que se trata de um desejo pessoal e termina aceitando", ressalta.

O aposentado segue na empreitada em companhia de mais 19 embarcações de 40 a 76 pés, oriundas de países como a Irlanda, Espanha, Suíça, Canadá, Portugal, Inglaterra, Estados Unidos, Mali e Holanda. Todos estão participando do "Rally Náutico World Arc", que conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Sudesb e da Bahiatursa. No momento, as embarcações estão ancoradas no Terminal Náutico da Bahia, administrado pela Sudesb, onde devem ficar até o fim do mês, antes de partirem para Recife (PE).

A Bahia, desde 2007, vem sendo um dos principais portos de atracação do País. Recebendo nove regatas internacionais ao longo do período. "Esse foi o primeiro lugar que paramos no Brasil, o que me deixa muito feliz, por também ser um dos mais falados devido às famosas belezas naturais da região, a minha intenção é ficar o máximo de tempo aqui, para conhecer melhor o local", salientou Rui, que foi o primeiro colocado do grupo B na travessia do Atlântico Sul, sendo premiado pelo feito, por membros da Sudesb e da Bahiatursa.

Apesar do grande anseio de desmembrar os terrenos brasileiros, conhecer as praias, pontos turísticos, festas e principais culturas baianas, os ventos que levaram Rui e Antônio a atingir a primeira colocação na empreitada, também foram ingratos, causando danos à embarcação durante o percurso. "O problema ocorreu quando o estai real se partiu. Ele é um cabo de aço de 19 fios, com 10 mm de espessura, que liga o topo do mastro à proa, evitando que o mastro caia para trás e suporta também o enrolador da genoa, vela da proa. A sua ruptura implicou que a genoa ficasse inoperante, o enrolador foi arreado e está agora deitado no convés, mas havia o risco de o mastro poder cair. Para evitar isso, durante a viagem, fixei um estai volante, ou seja, que não está sempre montado, com o objetivo de segurar o mastro para frente e fixei duas adriças, cabos que vêm do topo do mastro, para reforçar a posição do mastro", deu uma aula Rui.

Geração de renda - Em terras firmes, Rui e Antônio vêm buscando formas de resolver o problema o mais depressa possível. "Estamos tendo ajuda de um engenheiro naval que viaja em outra embarcação, e também tivemos que contratar mão de obra baiana para nos ajudar, porque fazemos apenas o que está ao nosso alcance". O problema de Rui e Antônio é algo comum nas viagens marítimas, nem sempre os barcos resistem intactos aos longos percursos e nas paradas precisam de manutenção, algo que acaba gerando renda para o Estado que acolhe esse tipo de rali náutico. "Estamos pagando a alguns rapazes para adiantar o serviço e podermos sair o mais breve possível para os belos lugares da Bahia, antes de partir para Recife".

Além de recrutar esse tipo de mão de obra, em todos os locais que os velejadores chegam sempre terminam gastando bastante em locais turísticos, em festas e alimentação. Em muitos casos alguns optam por hospedagem em terra firme, pois preferem se estabelecer em hotéis durante a estadia nas cidades que atracam, o que também movimenta o setor de hotelaria, apesar da maioria dos veleiros contar com uma boa estrutura de acomodação.

Os barcos participantes desse rali custam em torno de 100 mil a 1 milhão de dólares, dependendo do ano, tamanho e modelo. Além de velas e mastreação, para enfrentar esse tipo de viagem, os barcos possuem, aparelhos eletrônicos como: gps e piloto automático, e alguns ainda contam com ar condicionado, ventiladores, televisão de plasma, sofás, mesas, além de confortos básicos, como fogão, cama, microondas, privada, chuveiro, pia e geladeira. Sendo que a maior parte dos barcos são divididos em cômodos, para garantir uma viagem mais confortável aos tripulantes. "Todo o gasto vale a pena, pois esta é uma experiência marcante. Atravessar o Atlântico com o ARC, fazendo parte integrante deste acontecimento mundial da vela de cruzeiro é uma oportunidade única e um privilégio", concluiu Rui, sem esconder a sua paixão pelo mar.

Perto de concluírem sua meta de circunavegar o mundo, que teve início há mais de um ano, os tripulantes de dez países diferentes que participam do rali já completaram mais de 2.600 milhas náuticas. No estilo Cruzeiro de Aventura, o rali cruza os oceanos Atlântico, Pacífico e o Índico, passando por Santa Lúcia, Panamá, Equador, Polinésia Francesa, Ilha Cook, Niue, Tonga, Fiji, Vanuatu, Austrália, Indonésia, Mauritius, Reunion, África do Sul, Santa Helena, Brasil e Granada.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ex-atleta usa a natação para ajudar a comunidade do Morro do Gavazza


Professora Peixinho faz do esporte uma ferramenta para dar um futuro melhor para as crianças e adultos

“Eu quero ver um dia nascer sorrindo/ e toda a gente sorrir com o dia/ com alegria do sol do mar/ criança brincando, mulher a cantar”.

Os versos de Chico Buarque na canção Marcha para um dia de sol, escrita em plena ditadura militar, revelam um sonho de liberdade, mas parecem ser feitos sob encomenda para falar da vida da Professora Sulamita Araújo. Conhecida pelos nadadores como Peixinho, apelido ganho na época em que foi atleta e destaque da natação baiana, a professora faz do esporte a arma para a busca da liberdade e igualdade social e ajuda crianças e adultos carentes do Morro do Gavazza a conquistar melhores chances para o futuro.

Aos 43 anos, Peixinho se espelha em Maria Lenk, a maior nadadora brasileira de todos os tempos e a primeira a estabelecer um recorde mundial para o País. Em Salvador, ensina crianças e adultos carentes do Morro do Gavazza, área humilde próxima ao Porto da Barra, um dos melhores exercícios físicos existentes, por movimentar todos os músculos e articulações do corpo, sendo também o único indicado para menores de três anos.

Em meio à violência e a pobreza que fazem dos moradores do Morro reféns do preconceito e discriminação, Peixinho tenta, através do esporte, ressaltar a decência, a dignidade e o valor que eles têm. A natação começou a ser praticada oficialmente no Brasil, no ano de 1897, quando os clubes Botafogo, Gragoatá, Icaraí e Flamengo fundaram a União de Regatas Fluminense, na cidade do Rio de Janeiro. Jardel Souza, 14 anos, pratica as atividades do Projeto há dois anos e se diz comovido. “A natação mudou muita coisa na minha vida. Aqui encontrei além do esporte uma família, a professora é como uma mãe para mim, sendo que a minha mãe biológica mora na França. Atualmente fico com minha avó que também pratica o esporte aqui, o que me estimula ainda mais”.

No rastro desse exemplo, estão outras crianças. Apesar dos tempos terem mudado, os interesses continuam os mesmos. Os pequenos nadadores (garotos de 01 a 14 anos) e idosos (com mais de 60 anos) encaram o esporte como uma forma de ressaltar os seus valores.

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Dificuldades não abatem Peixinho

As dificuldades são inúmeras para a manutenção do seu trabalho social no Porto da Barra, mas Peixinho não desiste da utopia. “A Federação Baiana de Natação não apoia o nosso Projeto e também não há uma maior divulgação, por parte da imprensa, em relação às empresas privadas que têm interesse em colaborar com o esporte no Estado. Atualmente nossa âncora é a Pampulha Engenharia, que tem sido nossa grande parceira nessa luta, nos ajudando com o custo das inscrições nas competições e com os uniformes”, afirma.

A Pampulha foi a responsável por levar 30 nadadores do Projeto, pela primeira vez, para a maior travessia do Estado, a Mar Grande/Salvador, que aconteceu no dia 27 de janeiro. Disputada há 48 anos, a prova faz parte do calendário oficial dos desportos aquáticos no Brasil, reunindo atletas renomados. Este ano, 115 competidores enfrentaram o desafio, que teve, como campeão no masculino, o atleta Alan do Carmo, com o tempo de 1h44min49, e no feminino Poliana Okimoto, com 1h56min03. Segundo a Professora Peixinho, o objetivo de participar da Mar Grande/Salvador não foi competitivo, mas uma forma de protesto pela falta de apoio da Federação Baiana de Natação.

Apesar de grandes resultados estarem em segundo plano para a Professora, diversos atletas da escolinha surpreenderam e boas marcas foram alcançadas, como a de Marcos Morais (40) que entre os atletas do grupo, foi o primeiro a cruzar a linha de chegada, com o tempo de quatro horas. “Fiquei feliz com o resultado, pois sou um adorador desse projeto. Comecei a treinar com Peixinho há sete anos, com a meta de baixar o meu tempo na prova de natação durante o triathlon e acabei ficando de vez, hoje ajudo a professora no que posso, e me sinto feliz em poder alcançar bons resultados e ser espelho para os jovens do Projeto” ressaltou Marcos.

O trabalho de Peixinho é totalmente voluntário. Ela trabalha como massoterapeuta e dá aulas de natação em algumas instituições privadas para sobreviver porque o Projeto não lhe garante nenhum sustento. Mãe de um rapaz de 22 anos, a professora mora sozinha na Barra. “A gratificação é a felicidade dos alunos. É olhar nos olhos de cada um e sentir o carinho e a gratidão deles. Amo o que faço, e trabalho com quem amo”, diz, emocionada.

A “Equipe Peixinho de Natação do Porto da Barra”, foi fundada há sete anos. Desde 2010, a Pampulha ajuda como pode, doando materiais esportivos e passagens. A iniciativa por parte da Pampulha em colaborar partiu do Presidente Dr. Jacintho Araújo, que também costuma nadar com a garotada da escolinha e se sensibilizou com a luta de Peixinho. Os treinos são realizados de segunda-feira a sábado, em diversos horários, nos quais são beneficiados mais de 30 atletas das mais diversas categorias (mirim, petiz, infantil, pré-máster e máster). “Doutor Jacintho é uma pessoa fantástica, que quando não vem treinar faz falta nas nossas aulas. Sou muito grata a ele, pois tem um coração de ouro”, salientou a professora que conquistou grandes títulos na modalidade, que marcou a sua vida, desde a infância.

Atualmente, como educadora, Peixinho sente orgulho dos alunos. Ela diz, com os olhos brilhantes: “Na minha escolinha existem várias pessoas cheias de qualidades, que têm tudo para dar certo. A natação é muito mais que um simples esporte para os jovens e idosos que frequentam essas aulas. É, sem dúvida, uma forma de educar e criar novas expectativas de vida. Sempre cobro os boletins escolares dos atletas que ainda estudam. Converso muito com eles, procuro orientar, exercendo uma boa disciplina e dando apoio quando há qualquer problema familiar”.

Os alunos de Peixinho reconhecem o seu valor. “Peixinho é uma das pessoas mais importantes da minha vida, costumo dizer que para mim existe Deus no céu e ela na Terra. Entrei na natação por motivo de saúde, estava com 22kg a mais, doente e com baixa auto-estima. Hoje me considero outra pessoa, graças ao incentivo dessa mulher de fibra, que não nos abandona. Na água esqueço de todos os meus problemas, e me sinto uma vencedora por buscar o meu valor através do esporte”, diz, com os olhos cheios de lágrimas, a jovem nadadora Kátia Fernanda que, apesar de fazer hemodiálise três vezes por semana, não falta a um treino.

A história da aposentada Aracelis (69) e do cantor Antônio Portela (48) não é diferente. Ambos procuraram a natação por orientação médica. Aracelis, que nada há três anos, conseguiu, através do esporte, vencer as dores na coluna e nas articulações. “Hoje, nadar deixou de ser uma necessidade para se tornar um prazer. Sem dúvidas, abraçar esse mar é uma terapia”, diz, feliz, considerando-se um bom exemplo para vários idosos que necessitam sair do sedentarismo, “todos deveriam ter coragem de participar, quando estou na água não lembro se alguém está me olhando, o que tento é dar o meu melhor e atingir o meu limite, o que me faz muito bem, confio muito no trabalho de Peixinho”, concluiu.

Já Portela conseguiu perder 47 kg em sete meses e venceu a obesidade. “Tinha problemas de circulação graças ao peso corpóreo, com alguns casos de obesidade na família, cheguei a pensar que poderia morrer como o meu irmão que se entregou à doença, mas a natação mudou a minha vida, hoje me sinto saudável e disposto”, salientou Portela, que sofreu alguns preconceitos sociais quando perdeu peso rapidamente. “Por eu ser homossexual, alguns conhecidos chegaram a dizer que estava com HIV, por ter emagrecido rapidamente, mas tudo isso para mim não passa de inveja”, afirmou o cantor, que é tratado com grande carinho pelos colegas e por Peixinho que admira o seu trabalho fora do mar. “Eu amo Portela, além de ser uma pessoa linda, é um grande artista, e procuro sempre valorizar isso”, afirmou Peixinho, com o mesmo brilho no olhar que emite ao falar de todos os alunos da turma. “Todos são como filhos para mim”, concluiu.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Baianos do vôlei e atletismo esquentam Maringá


Após uma terça-feira (10), de treinos e concentração no Golden Ingá Premium Hotel, os atletas baianos de voleibol e atletismo disputam nessa quarta-feira (11), em Maringá (PR) o primeiro dia da segunda fase das Olimpíadas Escolares (15 a 17 anos) que se estenderão até o dia 15 de novembro.

As meninas do voleibol do Colégio CISO de Itabuna (BA) serão as primeiras a abrir essa etapa do campeonato, o jogo será realizado nessa manhã (11) contra a Escola Francisco Mazzola de Santa Catarina. Já durante a tarde, os meninos do Colégio Integral prometem fazer uma bela partida contra o Colégio Classe de Goiás. Todas as disputas da modalidade serão no Country Club de Maringá.

E enquanto o voleibol baiano luta pela primeira vitória nas Olimpíadas Escolares 2009, o atletismo (masculino e feminino) estará sendo paralelamente disputado na pista Willie Davis em Maringá. As provas de salto em distância, arremesso do peso, lançamento de disco, salto em altura, 100 metros rasos, 400 metros rasos, e 3.000 metros rasos, estarão valendo pela etapa eliminatória da competição e ocorrerão durante essa manhã (11), deixando a etapa semifinal para a tarde.

A atenção da torcida da Bahia estará voltada para a desportista do Colégio Versalles, Gabriela Vita. A baiana de apenas 16 anos tentará nessa quarta-feira (11) uma vaga na fase final da prova dos 100m rasos, especialidade da atleta, que em 2007 foi ouro na competição e vice-campeã Sul Americana Estudantil. “Gabriela tem grandes chances de buscar uma medalha nesse ano, mas tenho consciência que em 2010 a chance de chegar ao lugar mais alto do pódio vai dobrar, pois será o ultimo ano dela na categoria”, disse o técnico da seleção baiana estudantil de atletismo, Herval Souza, pai da atleta e campeão mundial da modalidade.

As Olimpíadas Escolares 2009 estão reunindo 4.000 atletas de 26 Estados do país, além do Distrito Federal. Até o momento a Bahia já conquistou 15 títulos, sendo onze na natação e quatro no judô. Para atingirem o direito de participar das Olimpíadas Escolares, todos os colégios passaram por seletivas estaduais.

A maior competição estudantil do País está sendo organizada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em parceria com o Ministério do Esporte e Organizações Globo, contando com o apoio do Governo do Estado do Paraná e das Prefeituras de Maringá e Londrina, cidades paranaenses anfitriãs dos jogos. Sendo que as passagens aéreas da delegação baiana e as seletivas estaduais foram financiadas pelo Governo do Estado da Bahia, através da Sudesb, autarquia responsável pelo fomento do esporte baiano.

Esperanças de medalhas baianas desembarcam no Paraná


MARINGÁ - Enquanto nessa noite de segunda-feira (9), o atletismo e o vôlei baiano desembarcaram em Maringá (PR) e o basquete juntamente com o tênis de mesa chegaram a Londrina (PR) para disputarem a segunda etapa das Olimpíadas Escolares, as equipes de futsal (masculino e feminino) embarcarão para Salvador na madrugada dessa terça-feira (10). Apesar de ter transmitido ao público, jogos emocionantes e truncados durante a primeira fase da competição (dia 05 a 09), a galerinha do futebol de salão não conseguiu se classificar, e volta para casa, cheia de esperança para 2010, levando a experiência conquistada em 2009.

No futsal masculino, representado pelo Colégio Polivalente Edvaldo Boaventura, os meninos de Jequié (BA) bem que tentaram permanecer nas Olimpíadas, mas perderam os três jogos disputados por um gol de diferença. Na primeira partida, ocorrida na sexta-feira (06), os baianos enfrentaram o time de Rondônia e apesar de suarem a camisa, demonstrarem garra e talento foram derrotados por 09 a 08. Com o resultado a equipe entrou em campo no sábado (07) com a obrigação de ganhar para o Amapá por um gol de vantagem. Mas apesar de se empenharem e conseguirem colocar 3 a 0 no primeiro tempo, os garotos ficaram cansados nos últimos minutos da partida, e a equipe amapaense não perdoou, virando para 4 a 3. Com a vantagem do Amapá, a equipe baiana já entrou em quadra no domingo (08) eliminada, e no confronto contra Sergipe perderam pelo elástico placar de 10 x 03.

O futsal feminino (Colégio Integral) também não obteve os melhores resultados neste ano. Na primeira partida no sábado (07) foi derrotado pela forte equipe de Brusque (Santa Catarina), sendo que o placar do jogo foi crucial para a desclassificação do time. Santa Catarina goleou a Bahia, dando 07 a 01. No domingo (08), as meninas ainda tentaram descontar na equipe piauiense, fechando 08 a 01, mas o saldo de gols não compensou a primeira derrota. Tanto o futsal masculino quanto o feminino desembarcarão no Aeroporto Luis Eduardo Magalhães ás 13h de amanhã (10).

Mas enquanto alguns vão embora, novas esperanças chegam às terras paranaenses. Nessa noite de segunda-feira (9) desembarcaram em Maringá, as equipes de vôlei masculino (Colégio Integral) e vôlei feminino (CISO de Itabuna), além da equipe de atletismo, formada por 12 atletas de colégios da rede pública e privada que disputarão as provas de salto em distância, arremesso do peso, lançamento de disco, salto em altura, 200 metros rasos, lançamento do dardo, 1.000 metros, 100 metros rasos, 400 metros rasos, 800 metros rasos e 3.000 metros rasos.Entre as promessas nas provas 100m e 200m rasos da modalidade está Gabriela Vita (Colégio Versailles), vencedora das Olimpíadas Escolares em 2007, e vice-campeã sul-americana da categoria no mesmo ano.

Nessa noite (09) também chegaram ao Paraná as equipes de basquete masculino (Colégio Antônio Vieira), basquete feminino (Colégio Salesiano de Salvador) e Tênis de mesa com representantes de escolas de Itororó, Luis Eduardo Magalhães e Salvador. Essas modalidades disputarão os jogos em Londrina (PR) enquanto o vôlei e o atletismo competirão paralelamente em Maringá (PR).

Até o momento a Bahia já conquistou 15 títulos, sendo onze na natação e quatro no judô. Outras modalidades disputadas pela Bahia na primeira fase, porém sem grandes feitos foi o handebol feminino (Colégio Cláudio Abílio de Aragão de Irecê), handebol masculino (Colégio São José) e o Xadrez, que teve como representantes Osmar Ferreira e Luana Reis (Colégio Militar de Salvador).

Para atingirem o direito de participar das Olimpíadas Escolares, todos os colégios passaram por seletivas estaduais. Na Bahia as seletivas estiveram divididas em duas etapas, sendo que a primeira foi realizada no interior do Estado, e os atletas que se classificaram nessa fase, passaram para a segunda etapa em Salvador, confrontando-se com as escolas da região metropolitana.

As Olimpíadas Escolares 2009 (15 a 17 anos) estão sendo organizadas pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em parceria com o Ministério do Esporte e Organizações Globo, contando com o apoio do Governo do Estado do Paraná e das Prefeituras de Maringá e Londrina, cidades paranaenses anfitriãs dos jogos. Sendo que as passagens aéreas da delegação baiana e as seletivas estaduais foram financiadas pelo Governo do Estado da Bahia, através da Sudesb, autarquia responsável pelo fomento do esporte baiano.

09 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

Bahia bate recorde de medalhas nas Olimpíadas Escolares


O décimo quinto título baiano nas Olimpíadas Escolares (15 a 17 anos) foi conquistado nesse domingo (08), em Maringá (PR), pelas meninas do judô, que levaram o bronze no confronto por equipe, perdendo apenas para o Estado de São Paulo (primeiro colocado), que disputou a final com o Paraná. Após cinco confrontos, quatro vitórias e apenas uma derrota nos tatames paranaenses, a Bahia quebrou paradigmas e mostrou que além de ser a "terra do axé" é uma terra de grandes desportistas também. "Essa conquista foi super importante para a nossa delegação, pois mudamos a opinião de muita gente, provando que a Bahia também é capaz de estar no topo e superar judocas fortes, como as mineiras que vencemos na disputa do bronze. Com esse resultado levantamos o ânimo e a auto-estima de todo mundo", disse animada a judoca baiana, Andréia Horta (Colégio Modelo) que também integrou a equipe medalhista.

Com as disputas acirradas no Parque do Japão em Maringá (PR), não foi difícil o tatame transformar-se em palco, e as estrelas da festa foram as judocas baianas, que começaram vencendo com facilidade as gaúchas, passaram por Sergipe, perderam, por pouco, o terceiro confronto para São Paulo (equipe campeã), derrotaram as pernambucanas e venceram a disputa de bronze para Minas Gerais. "Sempre confiei na equipe, mas a sensação de realizar aquilo em que acreditamos é muito emocionante. As meninas da Bahia são super fortes e prometem um futuro promissor na modalidade, pois são muito jovens" ressaltou a técnica que comandou a seleção baiana de judô durante as Olimpíadas Escolares, Maria Jesus.

A equipe que valeu bronze na maior competição estudantil do país, a qual está reunindo neste ano mais de 4.000 atletas de 26 Estados, esteve formada por: Patrícia Ribeiro (Colégio Bárbara Andréia Brites do Carmo) no super-ligeiro, Joicenely Santana (Colégio Miguel Calmon) no ligeiro, Raila Santos (Colégio Alfredo Amorim) no meio-leve, Bruna Lima (Colégio Miguel Calmon) no leve, Talita Ravazzano (Cefet) no médio, Luana Barbosa (Colégio E. Senhor do Bonfim) no meio-pesado, Maryana Borges (Colégio Dom Bosco) e Andréia Horta (Colégio E. L. E. Magalhães) no pesado.

Os jovens que representam o futuro do esporte baiano e brasileiro desembarcarão vitoriosos nessa segunda-feira (9), no Aeroporto Luiz Eduardo Magalhães, em Salvador. O vôo dos judocas chega a capital baiana às 07h30min e o dos nadadores às 12h35min.

Apenas três garotas da equipe composta pelas oito medalhistas do judô completam 17 anos em 2009, portanto cinco judocas continuam tendo a chance de fortalecer a seleção da modalidade em 2010 e trazer novas vitórias para a Bahia que nessa edição bateu o recorde de medalhas faturadas nos últimos anos, voltando nessa primeira fase da competição (05 a 10 de novembro) com 22 medalhas na bagagem, sendo onze da natação e onze do judô (oito conquistadas pelas meninas no duelo por equipe). No ano passado, os estudantes baianos conquistaram dez medalhas, sendo dois ouros, uma prata e três bronzes na natação, além de duas pratas e dois bronzes no judô.

Além dos esportes medalhistas, nessa primeira fase, a Bahia disputou: o futsal, o xadrez e o handebol, mas as modalidades não atingiram os resultados esperados e não se classificaram para a fase final. A partir do dia 10 até o dia 15, será a vez dos confrontos de basquete, tênis de mesa, vôlei e atletismo badalarem as cidades de Londrina (PR) e Maringá (PR), aonde ocorrem os certames. Uma das promessas baianas para a próxima fase é a jovem desportista do atletismo Gabriela Vita (Colégio Versailles), vencedora das Olimpíadas Escolares em 2007, e vice-campeã sul-americana da categoria no mesmo ano.

Para atingirem o direito de participar das Olimpíadas Escolares, todos os colégios passaram por seletivas estaduais. Na Bahia as seletivas estiveram divididas em duas etapas, sendo que a primeira foi realizada no interior do Estado, e os atletas que se classificaram nessa fase, passaram para a segunda etapa em Salvador, confrontando-se com as escolas da região metropolitana.

As Olimpíadas Escolares 2009 (15 a 17 anos) estão sendo organizadas pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em parceria com o Ministério do Esporte e Organizações Globo, contando com o apoio do Governo do Estado do Paraná e das Prefeituras de Maringá e Londrina, cidades paranaenses anfitriãs dos jogos. Sendo que as passagens aéreas da delegação baiana e as seletivas estaduais foram financiadas pelo Governo do Estado da Bahia, através da Sudesb, autarquia responsável pelo fomento do esporte baiano.


Matéria Especial - Maringá (PR)
08 de novembro de 2009

Bahia coleciona mais de dez medalhas nas Olimpíadas Escolares


Mais duas medalhas baianas foram conquistadas nas Olimpíadas Escolares (15 a 17 anos). Após o grande feito dos nadadores que faturaram sete medalhas na piscina de Londrina (PR), durante esse sábado (7) foi a vez do judô também mostrar a força da “terra do axé”. As judocas Mayara Oishi (FazAtleta) do Colégio Dom Bosco e Raila Santos do Colégio Estadual Alfredo Amorim levantaram a torcida e deixaram o pódio cor de rosa para a Bahia. “Perdi apenas para a campeã do peso. Para mim, o bronze valeu ouro, porque essa foi a minha última Olimpíada Escolar, pois acabei de atingir os 17 anos. Além disso, enfrentei um terrível obstáculo que foi vencer o cansaço e as dores no corpo, disputando cinco lutas seguidas, mas o gosto dessa vitória sem dúvidas compensou todo o sacrifício”, disse Mayara que competiu na categoria pesado, ficando apenas atrás da segunda colocada, a pernambucana, Amanda Lima e da paulista Samanta Soares que foi a campeã do peso.

Oriunda de colégio público, como cerca de 50 atletas baianos que estão no Paraná, a jovem Raila Santos, aos 16 anos, não dá moleza aos adversários, e já coleciona títulos de gente grande, incluindo o terceiro lugar conquistado nas Olimpíadas Escolares, realizadas no ano passado, em João Pessoa (PB) e um bronze no Campeonato Brasileiro de Judô, realizado no Espírito Santo. “Não conquistei essa medalha apenas pela força física, pois disputei com adversárias mais fortes. Acredito que o meu diferencial foi mesmo à qualidade técnica, que venho aperfeiçoando diariamente”, ressaltou Raila, que participa pela segunda vez da competição.

Desde ontem (6), as emoções do judô baiano não param no Parque do Japão, em Maringá. A primeira medalha da Bahia nas Olimpíadas Escolares 2009 foi adquirida por, Gildizan Jesus, que levou o bronze, após vencer quatro lutas, perdendo apenas para o paulista, Raphael Warzee, após uma luta equilibrada, fechada com um hippon. “Nem esperava conquistar essa medalha, porque estou no limite mínimo da faixa etária exigida para disputa nessa competição. Tive que enfrentar vários judocas mais velhos, como o vencedor que já tem 17 anos”, ressaltou o baiano que apesar da pouca idade, é o atual campeão brasileiro da categoria juvenil (15 a 16 anos) e uma das maiores promessas do Estado na modalidade.

Com três medalhas no judô e sete na natação, em apenas dois dias dos jogos que se estenderão até o dia 15, a Bahia já soma dez medalhas no campeonato. “Já atingimos o mesmo número de medalhas do ano passado, sendo que ainda estamos no início das Olimpíadas. Nossa pretensão é subir no pódio mais umas dez vezes e voltar com as bagagens mais pesadas. Temos atletas de qualidade que podem trazer muitas alegrias para o Estado”, disse empolgado o coordenador da delegação baiana, Paulo Rocha, que está acompanhando os atletas baianos em Maringá (PR).

Pela primeira vez na história, os jogos que ocorrem entre 05 e 15 de novembro, estão sendo sediados por duas cidades paralelamente, Maringá (PR) e Londrina (PR). Maringá está abrigando as modalidades de: atletismo, futsal, judô, vôlei e xadrez, já Londrina está acolhendo o basquete, o handebol, a natação e o tênis de mesa. Até o dia 10, apenas a natação, o judô, o handebol, o futsal e o xadrez serão disputados nas cidades paranaenses, e a partir do dia 10 até o dia 15, será a vez dos confrontos de basquete, tênis de mesa, vôlei e atletismo. Uma das promessas baianas para a próxima fase é jovem desportista do atletismo Gabriela Vita (Colégio Versailles), vencedora das Olimpíadas Escolares em 2007, e vice-campeã sul-americana da categoria no mesmo ano.

Para atingirem o direito de participar das Olimpíadas Escolares, todos os colégios passaram por seletivas estaduais. Na Bahia as seletivas estiveram divididas em duas etapas, sendo que a primeira foi realizada no interior do Estado, e os atletas que se classificaram nessa fase, passaram para a segunda etapa em Salvador, confrontando-se com as escolas da região metropolitana. Os primeiros colocados ganharam o direito de participar da etapa nacional no Paraná. Nesse ano, mais de 4.000 alunos/estudantes estão representando 993 escolas de 26 estados brasileiros e do Distrito Federal em nove modalidades que estarão abrigadas em 17 instalações esportivas (oito em Maringá e nove em Londrina).

Matéria Especial - Maringá (PR)
07 de novembro de 2009

Judoca conquista primeira medalha baiana nas Olimpíadas Escolares


O tatame do Parque do Japão, localizado em Maringá (PR) amanheceu nessa sexta-feira (6) com um brilho baiano, a primeira medalha da “terra do axé” pelas Olimpíadas Escolares (15 a 17 anos) foi conquistada pelo judoca (categoria meio pesado) do Colégio Marat, Gildizan Jesus que faturou o bronze, perdendo apenas para o atleta do Paraná que ficou com o ouro. “Nem esperava conquistar essa medalha, porque nessa competição estou no limite mínimo da faixa etária exigida para disputa. Tive que enfrentar vários judocas mais velhos, como o vencedor que já tem 17 anos”, ressaltou o baiano que apesar da pouca idade, é o atual campeão brasileiro da categoria juvenil (15 a 16 anos) e uma das maiores promessas do Estado na modalidade.

Ao todo 26 Estados brasileiros, além do Distrito Federal participaram das disputas no judô. O ginásio paranaense ficou lotado por pessoas oriundas de diversas partes do Brasil, mas entre os diversos torcedores, uma piauiense se destacou no local, a primeira brasileira a se consagrar bicampeã mundial júnior, Sarah Menezes, prestigiou a juventude e relembrou os velhos tempos. “Comecei como essa garotada, lutando pela minha escola, participei das Olimpíadas Escolares de 2004 a 2006 e hoje me sinto feliz e honrada por ser espelho para tantos jovens. Nessa manhã consegui observar atenciosamente as lutas e percebi o excelente nível técnico dos competidores, pois o judô mudou algumas regras e vem alcançando um modelo mais clássico, e pelo que notei a meninada está se adaptando muito bem as novas mudanças. Não há dúvidas que essa geração de judocas é muito boa, e certamente a tendência é evoluir a cada dia mais e dar muito orgulho ao País”.

O crescimento do judô brasileiro, também vem se refletindo na Bahia. Há três anos, o judô baiano vem se destacando nas Olimpíadas Escolares, em 2007, nos jogos de 12 a 14 anos, realizados em Poços de Caldas, o Estado faturou três medalhas na modalidade. No ano passado, os judocas, entre 15 e 17 anos, participaram integralmente da Olimpíada Nacional Escolar, conquistando três medalhas na competição realizada em João Pessoa (PB), entre 06 e 16 de novembro, subindo ao pódio para receber duas pratas e dois bronzes na modalidade.

Neste ano, mais de 130 atletas baianos estão participando das Olimpíadas Escolares, considerada atualmente, a maior competição estudantil do País. E pela primeira vez na história, os jogos que ocorrem entre 05 e 15 de novembro, estão sendo abrigados por duas cidades paralelamente, Maringá (PR) e Londrina (PR). Em Maringá estão sendo realizadas as disputas de atletismo, futsal, judô, vôlei e xadrez e em Londrina estão fazendo parte do certame: a natação, o basquete, o handebol e o tênis de mesa.

As Olimpíadas Escolares 2009 (15 a 17 anos) estão sendo organizadas pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em parceria com o Ministério do Esporte e Organizações Globo, contando com o apoio das Prefeituras de Maringá e Londrina e o Governo do Estado do Paraná. Porém, as passagens aéreas da delegação baiana e as seletivas estaduais, que os atletas tiveram que passar para se classificarem para a etapa nacional foram financiadas pelo Governo do Estado da Bahia, através da Sudesb, autarquia responsável pelo fomento do esporte baiano.


Matéria Especial – Maringá (PR)
06 de novembro de 2009